"Não quero saber do lirismo que não é libertação"
Poética
Manuel Bandeira

Soneto dos Vinte Anos. Ou cópia descarada

>> quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Transcrevo aqui um poema que saiu da pena imortal, posto que é membro da ABL, de Lêdo Ivo, poeta que conheci depois de assistir a uma excelente entrevista no canal Globo News.

SONETO DOS VINTE ANOS

Que o tempo passe, vendo-me ficar
no lugar em que estou, sentindo a vida
nascer em mim, sempre desconhecida
de mim, que a procurei sem a encontrar.


Passem rios, estrelas, que o passar
é ficar sempre, mesmo se é esquecida
a dor de ao vento vê-los na descida
para a morte sem fim que os quer tragar.


Que eu mesmo, sendo humano, também passe
mas que não morra nunca este momento
em que eu me fiz de amor e de ventura.


Fez-me a vida talvez para que amasse
e eu a fiz, entre o sonho e o pensamento,
trazendo a aurora para a noite escura.

4 comentários:

Daíse Lima 11 de janeiro de 2011 às 19:54  

Lindo poema!!!
Bjo!

nandim castro 20 de janeiro de 2011 às 22:58  

PARABENS PELO O BLOGGER....

ESTE POEMA E FANTASTICO.
ABRASS...

Bruna Worspite 31 de março de 2011 às 15:43  

Show o poema!
Vlw pela visita, volte sempre =~]

http://bruhworspite.blogspot.com

Ajude a Melhorar 3 de maio de 2011 às 14:54  

massa seu blog..
muito bonito o pema..
volta mais vezes no meu
to seguindo
obg!

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