"Não quero saber do lirismo que não é libertação"
Poética
Manuel Bandeira

Soneto dos Vinte Anos. Ou cópia descarada

>> quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Transcrevo aqui um poema que saiu da pena imortal, posto que é membro da ABL, de Lêdo Ivo, poeta que conheci depois de assistir a uma excelente entrevista no canal Globo News.

SONETO DOS VINTE ANOS

Que o tempo passe, vendo-me ficar
no lugar em que estou, sentindo a vida
nascer em mim, sempre desconhecida
de mim, que a procurei sem a encontrar.


Passem rios, estrelas, que o passar
é ficar sempre, mesmo se é esquecida
a dor de ao vento vê-los na descida
para a morte sem fim que os quer tragar.


Que eu mesmo, sendo humano, também passe
mas que não morra nunca este momento
em que eu me fiz de amor e de ventura.


Fez-me a vida talvez para que amasse
e eu a fiz, entre o sonho e o pensamento,
trazendo a aurora para a noite escura.

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Desperado – A Balada do Pistoleiro

>> segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Soy un hombre muy honrado,
Que me gusta lo mejor
Las mujeres no me faltan,
Ni el dinero, ni el amor

Jineteando en mi caballo
Por la sierra yo me voy
Las estrellas y la luna
Ellas me dicen donde voy

Ay, ay, ay, ay
Ay, ay mi amor
Ay mi morena,
De mi corazón

Me gusta tocar guitarra
Me gusta cantar el "song"
Mariachi me acompaña
Cuando canto mi canción

Me gusta tomar mis copas
Aguardiente es lo mejor
Tambien el tequila blanco
Con su sal le da sabor
(Morena de mi corazón, cancíon Del Mariachi)

Ok, todo mundo já viu esse filme algumas vezes dado a quantidade de reprises, inclusive agora enquanto escrevo está a passar mais uma dessas reprises.

O filme é um desses que se constrói deliberadamente a partir de clichês, brinca com os estereótipos latinos do herói problemático que se põe a desafiar ricos e poderosos criminosos a margem da lei e seus agentes vistos como igualmente malévolos.

O filme captura bem uma aura de realismo fantástico ao incluir inverossímeis seqüências de ação em um contexto absolutamente corriqueiro, cotidiano. De certo é um filme que venera as influências de seus autores e denuncia por vias cômicas os clichês sobre os quais é construído.

Há seqüências e frases geniais, como genial é o fato da personagem principal, o herói arquétipo (inspiradamente interpretado pelo espanhol Antonio Banderas) não ter um nome, ele simplesmente é o “El Mariachi”.

A certa altura o Mariachi faz uma oração que mostra a dualidade dessa personagem que mata em busca de vingança, mas que sofre para justificar isso moralmente ele diz: “Give me the strength to be what I was, and forgive me for what I am.” Que numa tradução livre pode ser entendido como “Dê-me a força para ser o que já fui, e perdoe-me por ser o que sou”.

A redenção, como era de esperar num conto que brinca com o imaginário machista da região está em uma mulher que simboliza a um só tempo tudo que esse pensamento deseja numa mulher e tudo que tem repulsa que é a voluptuosa Carolina.

De fato uma obra despretensiosa que objetiva divertir, mas ainda assim é uma peça cinematográfica que toca em questões relevantes, com excelentes participações especiais como a Quentin Tarantino. Se não bastasse isso outra atração é a linda Salma Hayek e seu icônico salto sobre um ônibus juntamente com Antonio Banderas.

Um filme onde de fato o cotidiano é fantástico.

Para maiores informações visite a página do filme no IMdB

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Um pouco de lirismo que é libertação

>> terça-feira, 27 de julho de 2010

"[...]What though the radiance which was once so bright
Be now for ever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendor in the grass, of glory in the flower;
We will grieve not, rather find
Strength in what remains behind;
In the primal sympathy
Which having been must ever be;
In the soothing thoughts that spring
Out of human suffering;
In the faith that looks through death,
In years that bring the philosophic mind. [...]"

Ode: Intimations of Immortality from Recollections of Early Childhood de William Wordsworth

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Mi Buenos Aires Querido

>> sábado, 24 de julho de 2010

Mi Buenos Aires querido,
cuando yo te vuelva a ver,
no habrá más penas ni olvido.
(Carlos Gardel e Alfredo Le Pera)

Eu e minha mãe na Plaza de Mayo em março de 2006.
Estou com saudade dessa que é minha cidade favorita, fora minha Brasília, falo é óbvio de Buenos Aires. Para alguém que como eu tende a trocar o dia pela noite, nada como efervescência noturna ‘porteña’ cidade em que é fácil ver idosos e crianças perembulando pelas ruas da capital aproveitando a vida cultural, os restaurantes e os bons ares da cidade.

Que vontade de comer um belo asado de tira, com vinho Malbec e depois cismar observando o ir e vir dos moradores e turistas aproveitando uma bela cerveza iguana.

Quantas histórias tenho nessa cidade que já não visito a tempo demais. Se você quer ir a um lugar para aproveitar o cotidiano fantástico, visite Buenos Aires e se puder vá além dos inúmeros pontos turísticos guarde um tempo para explorar a cidade e observar aquele dia-a-dia que consegue ser a um tempo só exótico e familiar.

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Um post para Mamulengo

>> segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ando saudosista nos últimos dias, sem que isso tenha me levado a tristezas ou crises existenciais, mas tenho me lembrado das boas histórias do meu tempo na UCB.

Todo grupo de amigos sempre tem um que é mais empolgado e barulhento, alguém que é impossível não notar sua presença. Pois bem nos meus tempos na Católica havia alguns membros de nosso grupo que eram assim, mas um se destaca.

Mamulengo, vulgo Tiago Carrijo, era esse cara seja com seu berrante, seja com suas rimas de rodeio. Hoje, quem diria, Mamulengo é um pai de família responsável e devotado. Mas, de uma maneira sempre será o mesmo, animado, sertanejo e grande amigo. O vídeo abaixo é uma das músicas que me lembrar esse bom amigo que não vejo a tanto tempo. (e não, não é, standing outside the fire).

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Brasil 2014. Já começou mal

>> quinta-feira, 8 de julho de 2010

O símbolo da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 é simplesmente horroroso. 


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Uma pausa para rir

>> sábado, 3 de julho de 2010

Por que rir é sempre bom.

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Uma noite fria e estranha

>> terça-feira, 15 de junho de 2010

Antes mesmo do incidente que relatei abaixo esta noite já estava estranha, me sinto estranho. Não sei se foi a má apresentação da seleção brasileira, não sei se são as lembranças da última Copa do Mundo que assisti junto a bons amigos (alguns que já não são mais tão amigos assim, ou pelo menos cessaram de se considerar meus amigos) que sinto muita falta.

Pode ser o frio, mas digitando no lap top debaixo de um edredom como estou a fazer o frio é até gostoso, na tevê passa um belíssimo jogo de basquete, jogo seis da série final da NBA, entre Lakers e Celtics. Ainda que eu tenha uma predileção pelo time de Boston que está enquanto traço essas linhas tomando 20 pontos dos Lakers, mas não sei se é isso.

Pode ser uma reação tardia ao término de um relacionamento breve que tive (que terminou antes do tempo e que restou um carinho), mas não creio que é isso. Apesar de que está sozinho às vezes é uma merda! (desculpem a linguagem, mas é). Agora tem horas que é bom demais.

Estou assim estranho nos últimos dias, estou produtivo, as coisas em casa estão em paz, até a saúde que esse ano ando meio ruim está excelente. Acho que essa sensação estranha, que sou incapaz de definir é uma saudade extremada, talvez aquela que os poetas tanto falam, talvez seja a saudade que foi tão bem cantada pela Amália Rodrigues (com suas letras e sua voz) ou mesmo aquela tristeza doce de uma canção de Edith Piaf.

Acho que o que me falta mesmo é sentar no Libannus tomar alguns chopes com meus amigos e rir, talvez seja isso, estou a sentir falta de rir. Realmente é uma noite fria e estranha. 

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Carros, bicicletas. Direção e confusão

Agora a pouco fui a um hipermercado aqui perto de casa (sim em Pirapora agora há um hipermercado) numa das raras avenidas desta aprazível cidade que possuem ciclovias, sem dúvidas um avanço já que o método de locomoção mais comum da população local é a bicicleta.

Elas dominam as vias, seus condutores não têm o mínimo respeito pelas regras de trânsito. Trafegam na contra-mão, formam verdadeiros paredões que obstruem as vias enquanto conversam animadamente indiferente aos carros, impertinentes, que pretendem trafegar nas vias asfaltadas. É certo que há uma tensão nesse convívio aqui, distinto do que há nas cidades maiores como Brasília, como por exemplo, onde motoristas colocam a vida de ciclistas por que trafegam em altíssima velocidade, por vezes avançando sobre os acostamentos ou sobre os atletas que treinam nas estradas.

Mas, volto a minha história aqui no interior onde algumas realidades são distintas, quando estava perto da entrada do hipermercado sinalizei a entrada a esquerda, três moças vinham pela ciclovia e assumi que elas parariam na entrada do mercado no exercício da prudência, da auto-preservação. Contudo, não foi o que ocorreu e quase ocorreu um acidente quando entrei, por que também fui imprudente, afinal deveria ter assumido que elas não parariam, primeiro por que é o mais correto – direção defensiva – e pelo histórico dos condutores de bicicleta daqui.

O entrevero, graças a Deus, não teve maiores conseqüências além de um susto que compartilhei com as moças, um daqueles sinais de alerta para nos lembrar da responsabilidade que é conduzir um veiculo automotor, mesmo por que é dever do veículo maior proteger o menor.

Uma das moças veio em minha direção no estacionamento do hipermercado, creio que para tirar satisfação, talvez para exorcizar seu susto. Contudo, ao ouvir meu pedido de desculpas em um tom de voz calmo, educado e baixo. Ela não teve a chance de “desopilar o fígado” e ficou desconcertada por que esperava o bate-boca. E tentou uma lição de moral, dessas um tanto patéticas, mas acho que ela precisava disso, não refutei, afinal creio que errei.

Não sei se elas algum dia leram essas linhas que são de uma auto-análise sincera de um momento de distração que poderia ter sido grave, mas o interessante foi que a mesma moça que tanto se indignou comigo, e se desconcertou com meu pedido de desculpas, tanto que esperou minha saída da loja, para tentar novamente uma bronca. O que ela não teve sucesso e depois disso tudo, elas saíram do mercado conversando lado a lado na avenida, provavelmente a me xingar de tudo quanto é nome, ignorando a ciclovia.

Achei irônico e uma ironia bem cotidiana. Tão preocupadas em me repreender acabaram a se expor ao perigo, mas uma mostra que é preciso antes de tudo cuidar de si mesmo. Antes de querer se ocupar dos outros. Egoísmo? Não. Sobrevivência da espécie.


Uma última nota dirigir em Pirapora exige um grau elevado de paciência com as bicicletas e pedestres que ocupam as vias. 

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Oportunidades para ser uma pessoa melhor

>> domingo, 9 de maio de 2010

Hoje eu tive um dia daqueles começou na madrugada quando percebi que dado a problemas de administração meus, não havia ainda efetuado o pagamento da taxa de renovação do meu domínio de internet (www.coisasinternacionais.com) que eu julgava estar em débito automático, contudo, somente meu outro domínio, e tive que pagar por boleto, mas o meu domínio está bloqueado, o que é um inconveniente gigantesco, não só para mim, mas como para meus leitores. E a queda de audiência vai prejudicar meus números de acesso.

Esse entre outros problemas me consumiam, estava aqui enervado, estressado, ainda tive que ir ao supermercado (o que sabemos pode ser bem chato quando o mercado está lotado e o “sistema” está lento). A casa, como toda sexta-feira, está barulhenta para caceta, o que me irrita (já falei estou ficando um velho precoce). Bom, então toca o telefone e eu pensei: “que praga vem agora?”.

Era uma pessoa querida ao telefone, alguém com quem trabalhei ano passado dando aulas voluntariamente de inglês, que devem voltar próximo semestre, (ainda bem por que morro de saudade da molecadinha), me perguntando se poderia ajudá-la com um projeto social para atender os interesses de cadeirantes, não há nenhum ônibus adaptado no meu município, por exemplo, isso sem falar nas calçadas e no “respeito” as leis de acessibilidade.

Em geral, não sou muito dado a ver positivamente as ONG’s, afinal já testemunhei inúmeras dessas organizações que parecem não querer resolver de verdade os problemas que se propõem a cuida, embora eu goste de voluntarismo e acredite no envolvimento dos cidadãos nos problemas da sociedade. Parece um paradoxo, mas se pensarem bem verão que não é.

Num dia tão complicado como foi o de hoje repleto de aborrecimentos surge uma oportunidade de tentar ser uma pessoa melhor. Não quero e nem pretendo ser ativista desse grupo, não quero e seria francamente patético querer ser alguém de expoente político usando a causa me para me promover, ou promover ideais políticos. Ainda não sei se serei capaz de ajudar, mas quero, então vou me dedicar. Não é fantástico o cotidiano? 

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A redundância via satélite

>> terça-feira, 4 de maio de 2010

Outro dia estava a zapear pelos canais de TV da Sky, como qualquer assinante de TV paga sabe, por vezes você tem 50 canais e nada que passa lhe agrada, seja a milésima repetição do “homem da casa” na Fox, ou a enésima repetição de Sr e Sra. Smith no FX, ou um velho e repetido episódio de algum Law and Order, série que tem até um spin-off britânico.

Estava eu lá a sofrer com a programação nem os meus refúgios de sempre History Channel, Discovery Channel, Natgeo, Managementv (que enquanto escrevo esse texto passa uma boa entrevista com, o “velho” Kissinger e em seguida uma com o famoso Michael Porter, no The Charlie Rose Show, antológico, mas isso não vem ao caso), pois bem, tentei me refugiar no Sportv que passava algum esporte que julgo tedioso, ou reprise de um jogo que já havia visto. Em suma, estava eu de saco cheio (se me permitem esse tipo de linguagem) com a TV.

Então acho um programa no Multishow, chamado “minha praia”, que agrupa jovens de corpos esculpidos em uma casa de praia paradisíaca, numa competição que é um hibrido de “Big Brother Brasil” com “No limite”, os competidores disputam provas nos arredores da mansão de veraneio em que estão acomodados. Não achei o programa interessante, na verdade achei chato que só, contudo, algo me chamou atenção a premiação do programa uma viagem ao Havaí.

Pensei, mas que diabos, os caras estão confinados em uma mansão paradisíaca numa praia cinematográfica em um litoral absurdamente acolhedor, para ganhar de prêmio a mesma coisa. Sério, achei a idéia muito ridícula, se coloca então pessoas na praia para ganhar férias numa outra praia.

Sou só eu ou esse programa é a celebração da redundância, o que é em certo modo a essência do modelo de reality show. No final todos são a mesma coisa: pessoas batendo boca e levando uma vida absolutamente desinteressante cercada de câmeras, uma chatice só. Sorte minha que me refugie em livro de Garcia Marquez. 

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A velhice precoce

Eu nasci no ano do Senhor de mil novecentos e oitenta aos dias 20 do mês de novembro, portanto tenho 29 anos, o que significa que demograficamente eu sou um jovem adulto.

Contudo, ultimamente tenho me sentido velho, cansado, não fisicamente, mas mentalmente, creio que isso se deve não só ao meu auto-exílio no interior, mas a fadiga daqueles que aproveitaram a vida intensamente.

Cada vez mais vivo uma vida envolta em livros e acho que isso tem colaborado para o “envelhecimento” precoce. Ando com fadiga de barulho, de multidões, de “meninos” com seus carros cheios de patéticas caixas de som, a ouvir lamentáveis canções, que outrora eu gostava muito e de certo modo ainda gosto, ainda que em volumes que não provoquem danos a audição. Exceto na época do carnaval, por que ai a minha veia brasileira fala alto.

Bom e para piorar esse cenário ainda tomei uma vacina para a gripe A (H1N1), há de se convir que isso não ajuda quem está a se sentir velho. O paradoxal é que me sinto velho, mas as idéias estão renovadas... Assim tudo bem então!

P.S: Dedico essa postagem ao também velho precoce Rodrigo Lepsch (vulgo Alemão). 

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Esse blog ainda existe

>> segunda-feira, 26 de abril de 2010

Apesar de não parecer meu cotidiano continua fantástico, tanto que tenho dificuldade de escrever, não só por falta de tempo, mas por conta de problemas técnicos, e ai tenho preferido atualizar meu blog Coisas Internacionais.

Mas, em breve espero voltar a postar muito aqui. 

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Uma Rainha, uma senhora rainha

>> quinta-feira, 18 de março de 2010

Lula está no Oriente Médio e tenho abordado isso é em Coisas Internacionais. Hoje ele esteve na Jordânia e esteve perto de uma das mulheres que eu mais admiro pessoalmente a Rainha da Jordânia, Rania Al Abdullah. Um exemplo de mulher moderna, elegante que pode ser muito bom para o mundo islâmico. Seu trabalho foi premiado recentemente em um evento da FIFA. A Rainha é figura fácil em encontros como o de Davos. Mais informações podem ser encontradas em sua página.


 Ok, fora isso tudo. Que mulher linda, elegante e sem dúvidas uma rainha de filmes da Disney. 

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Momento de reflexão

>> segunda-feira, 15 de março de 2010

Tenho pensado muito ultimamente sobre escrever, sobre ter um blog e ter meus textos lidos e permanentemente transitando a internet, por que por mais que eu fique atento não há como saber se e quantos copiam e replicam o texto por ai. É certo que tudo que se coloca na rede por lá fica se perpetuando em bytes que não empoeiram, não envelhecem, não amarelam e decaem como as folhas de papel.

Ok, to enchendo lingüiça, o que me preocupa não é tanto a apropriação dos meus textos, mas a relevância deles. Não sou dado a ter crises de confiança, mas analisando e lendo tantos autores como tenho nos últimos dias surgiu fortemente essa questão dentro de mim.

Recebo e-mails e comentários (esses últimos infelizmente são mais esporádicos do que eu gostaria) com elogios e isso pode ser de certa maneira um atestado que para alguém meu texto é relevante. E sem sombra de dúvida que escreve o faz para ser lido, contudo não procuro agradar ninguém deliberadamente, ou seja, escrevo de minha livre consciência, emitindo opiniões que julgo bem embasadas.

Como toda pessoa que se quer racional e “cientifica” estou sempre disposto a debater e argumentar defendendo minhas posições esse debate não pode é claro ser autista, é preciso de alguma maneira se manter aberto a possibilidade de ser convencido, por fatos e argumentos e mudar de opinião. Não por conveniências ou subserviência, mas pelo método cientifico sendo convencido. Não há demérito nisso. Mas divago novamente.

A questão continua a ser a qualidade e relevância de meus textos e não importa a reposta que eu obtenha uma coisa ficou patente nesse ultimo ano. Ainda preciso aprender muito, amadurecer muito meu senso analítico, me faltam ainda algumas décadas de reflexão e leitura (a esse ponto devo ter perdido leitores. Espero que não). Não necessariamente faltam títulos acadêmicos, embora os ambicione, não para ostentar o título e me sentir o tal, mas como símbolos de um conhecimento adquirido a duras penas.

Espero que essa autocrítica seja útil para meus leitores e clientes e para mim. 

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Outra pergunta

>> quarta-feira, 10 de março de 2010

Essa equipe que jogou com o San7os, Naviraiense veio de Pandora? Ok, foi meio forçado!

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Uma pergunta

Por que o André "secador-corneta" Rizek comenta todo jogo do Timão no Sportv?

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Meu Deus do Céu, que palpite infeliz!

>> terça-feira, 9 de março de 2010

O assunto da semana no esporte está sendo o “Barraco da Chatuba” envolvendo os jogadores do flamengo, especificamente o Adriano “imperador”. E ai o que já tava confuso ficou pior o goleiro Bruno no afã de defender seu companheiro de equipe me solta a pérola “quem nunca saiu na mão com mulher”.

Respondo.

EU.

Que papo é esse. O que aconteceu com o jargão popular que “em mulher não se bate nem com flor”. Ainda mais por que a violência contra a mulher é assunto sério, que destrói lares, traumatiza crianças, vilipendia mulheres e corrompe a própria fibra da sociedade.

Ok o arqueiro rubro-negro disse que foi mal interpretado e que escolheu errado as palavras, afirmou que tem mulher e filhas. Mas, o estrago ta feito, esse é o lado negativo dos salários elevados de um atleta.

Eu pessoalmente sei que relacionamentos podem ser muito explosivos, mas nenhum dos envolvidos podem deixar que seu caráter seja aviltado com o apelo a violência. Mulheres (e Homens, por que não?) não tolerem violência conjugal, alias isso não existe, violência é violência.

Roubo as palavras do grande Noel Rosa e as digo para o goleiro: “Quem é você que não sabe o que diz? Meu Deus do Céu, que palpite infeliz”

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Comentários

Corrigidos os problemas com o formulário de comentários. Obrigado "velho" Alemão pelo toque. 

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Por favor, passe o sal

>> domingo, 7 de março de 2010

Ainda faltam sete meses e três dias para as eleições e os analistas estão que tão, elucubrações mil, nos programas na TV por assinatura, com cálculos alguns claros outros exóticos e outros claramente vindos de algum partido político.

Eleição é uma farra pra quem é “nerd” em ciências sociais, não é?

Naturalmente que eu e meus colegas formados em relações internacionais vamos analisar pela ótica que nos é peculiar, mas todos nós estaremos em polvorosa sejamos economistas, sociólogos, juristas, cientistas políticos, publicitários. Será divertido!

Bom pelo menos pra quem gosta de política e não estará diretamente em volto no jogo partidário, por que esses estarão ralando e com suas agonias e tensões.

Agora uma coisa não me deixa ansioso, os discursos serão de um tédio sem tamanho, eu mesmo vou procurar analisar os textos escritos por que sério quem é mais chato de ouvir falar? Dilma? Serra? Marina Silva?

Fica a questão quem leva a eleição de político mais insosso. 

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A lata e a civilidade

>> sábado, 6 de março de 2010

Outro dia fui ao escritório regional da FUNASA levar minha mãe para fazer um desses recadastramentos que os aposentados são obrigados a fazer. Fiquei dentro do carro do lado de fora, ouvindo o rádio e esperando que lá dentro minha mãe resolvesse os trâmites. Ouvia no rádio uma voz feminina um tanto irritante que ficava a tagarelar sobre as ações da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, com certeza uma reportagem gravada em Belo Horizonte e enviada para as rádios do interior. Enquanto ouvia a ladainha de projetos e seus autores a falarem como esses projetos mudariam completamente a vida das pessoas.

Fiquei ouvindo os relatos políticos e olhando a rua o vai e vem de uma rua que para os padrões de Pirapora pode ser considerada movimentada do outro lado do cruzamento em que estava há uma boca de lobo, um bueiro com a sua grade de proteção devidamente roubada. Não sei por que fiquei absorto hipnotizado pela voz esganiçada que saia dos alto-falantes de meu carro e observando aquele bueiro. Pensando em como aquele buraco aberto em um canto da rua é perigoso e útil para cidade. O tédio da espera nos coloca a pensar sobre cada coisa, não?!

Nesse momento noto pelo retrovisor uma bicicleta que carregava um jovem, com boné de tricô particularmente feio, ele pilotava despreocupadamente sua barra circular vermelha, maltratada pelo tempo e pela falta de conservação, entre uma pedalada e outra se refrescava com uma lata de refrigerante que confesso não reconheci a marca. Ele tinha a aparência de ser morador de um bairro mais pobre, resisto aqui a empregar o termo humilde por que mesmo com sua aparente falta de dinheiro havia algo de arrogante naquele jovem. Não me fixei muito em sua passagem ao meu lado e voltei a olhar o relógio, como se isso acelerasse a lida com a burocracia que se passava dentro do prédio público.

O rapaz passou pelo cruzamento ao melhor estilo “roleta russa” sem parar, apesar do intenso trafego de caminhões das inúmeras lojas de material de construção que se encontram nessa região. Nesse momento ele atirou a lata mirando justamente o buraco desguarnecido da boca de lobo, mirando, parecendo esforçar-se para acertar a lata lá.

Eu fiquei pensando por um instante na falta de civilidade e depois comecei a pensar que esse rapaz provavelmente, lida com problemas relativos a enchentes e sofre na pele as conseqüências daquele ato e fiquei ali paralisado pelas conjecturas e tendo aqueles momentos fatalistas em que dizemos é por isso que o país não vai para frente. Nesse momento um homem que aparentava ter mais de 70 anos, mas que poderia ter por volta de 50, com uma camisa aberta que expunha sua barriga desproporcional ao resto de seu corpo. Vestia uma bermuda preta, sandálias surradas e andava com o andar lento de quem luta com o sol de uma hora da tarde. Subia a rua em minha direção, enquanto eu ainda conjecturava ao som esganiçado da repórter.

Ao chegar ao cruzamento esse senhor com todo seu andar cansado, simplesmente agachou e recolheu a lata e a jogou numa lixeira e entrou em sua casa. E ai percebi que toda minha elucubração sobre a natureza dos atos e por ai vai não ajudou em nada a situação, toda a minha “revolta” cívica se tornou patética diante daquele homem que pensou certamente tudo que pensei, mas agiu e recolheu a lata.

Voltei para casa com isso na cabeça...

...Ele simplesmente recolheu a lata!

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Intermitente

>> sexta-feira, 5 de março de 2010

Esse blog nasceu de uma tentativa minha de escrever sobre assuntos leves, experimentando na linguagem, mas a verdade é que tenho estado confortável, pode-se dizer até confortável demais com a linguagem mais acadêmica que emprego em meu outro blog e com uma linguagem mais de mercado que uso em meu trabalho e assim enveredar por um arremedo de crônica tem me feito suar um pouco em frente a toda poderosa tela em branco.

Nada pior que ter uma história para contar possuir os meios e ainda assim sucumbir ao pulsar dessa maldita barrinha preta do editor de textos. Ela pisca zombando de você. Essa debochada tira o sossego de quem luta com os pensamentos.

Articular o cotidiano em palavras parece tão fácil não é? Parece tão fácil contar pequenas histórias sobre os acontecimentos e figuras que encontramos por ai em nossas aventuras pelas cidades.

Mas, não é assim tão fácil.

E fico aqui lutando com a tela em branco, não é minha primeira batalha com ela, e nem a primeira vez que narro essa agonia solitária.

São tantas as idéias, tão porca a execução. Meus leitores devem sofrer com esse texto vazio. Ainda venço a batalha com a página em branco e ainda faço essa intermitente barra se mover.

Por hora elas venceram. 

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O político e a lua

Eu como milhares de brasilienses votei em José Roberto Arruda nas ultimas eleições, não é algo fácil e bonito de se admitir nesses dias de panetones, vídeos, prisões e demonstrações de cara de pau sem tamanho.

A todo momento o assunto é tratado na T.V, comentaristas emitem seus juízos, autoridades e líderes de entidades de classe se manifestam. Alguns gatos pingados se engalfinham com a PM, com suas bandeiras de partidos tão podres quanto o Arruda. 

Não há como não ficar puto com a traição, afinal agente confia e sede um mandato popular a um elemento que o desvirtua. Um desamparo nos varre, mas fazer o que? É um imperativo continuar tentando, é um imperativo ter esperanças. Mas, uma lição que espero que esteja ficando clara para a maioria das pessoas é preciso vigiar de perto os políticos e cobrar que se mantenham íntegros, tanto do ponto de vista do trato compatível com a legalidade do dinheiro privado confiscado pelo governo (que alguns chamam de dinheiro público) e também se ele mantém suas convicções.

E isso exige um esforço dos que não gostam que é acompanhar de perto o noticiário político, os dados públicos sobre tramite de projetos, seguir de perto o que faz o seu político. Claro é mais fácil crer que uma escolha partidária é um atestado de sua competência e honestidade. Quem acredita nisso parte de uma tese de superioridade moral de determinada ideologia algo tão infundado quanto a famosa bola quadrada que o Quico tanto queria.

De certa maneira escolher um político é como namorar. Você se decepciona, mas uma hora volta ao “mercado” e se tiver sorte terá aprendido algo na aventura. Posso estar sendo otimista, mas é difícil não ser deitado no sofá, digitando ao lap top, com um vento alentador e iluminado por uma tímida claridade lunar. Assim como não achar a vida boa?

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Lucy and the Popsonics. Quero ser seu tamagotchi!!!

>> quinta-feira, 4 de março de 2010

Um nome para vocês guardarem “Lucy and the Popsonics” eles vão conquistar o mundo da musica. A imprensa os chama de duo composto por Fernanda e Pil popsonic, uma injustiça enorme com o coração sintético desse trio a bateria eletrônica Lucy que lidera esse dois eletropandas pelo mundo da experimentação e inovação. Uma fábula ou uma farsa?

Vale muito a pena conferir o trabalho desse trio indie, que sacode a grande imprensa, como nessa matéria do Correio Braziliense. Visitem e ouçam no My spaces.

Devo dizer aguardo ansiosamente o segundo álbum produzido por John Ulhoa (guitarrista do Pato Fú), desses talentosos amigos. 

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Tudo tem um começo

Mais um blog, será isso inspiração? Ou apenas um sintoma da superexposição da vida pessoal que parece marcar os dias de hoje?

Texto lacônico o desse post admito. Mas a dúvida é real e pertinente, a resposta um dia virá. Esse é o nosso começo pela aventura do cotidiano.  

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