"Não quero saber do lirismo que não é libertação"
Poética
Manuel Bandeira

Oportunidades para ser uma pessoa melhor

>> domingo, 9 de maio de 2010

Hoje eu tive um dia daqueles começou na madrugada quando percebi que dado a problemas de administração meus, não havia ainda efetuado o pagamento da taxa de renovação do meu domínio de internet (www.coisasinternacionais.com) que eu julgava estar em débito automático, contudo, somente meu outro domínio, e tive que pagar por boleto, mas o meu domínio está bloqueado, o que é um inconveniente gigantesco, não só para mim, mas como para meus leitores. E a queda de audiência vai prejudicar meus números de acesso.

Esse entre outros problemas me consumiam, estava aqui enervado, estressado, ainda tive que ir ao supermercado (o que sabemos pode ser bem chato quando o mercado está lotado e o “sistema” está lento). A casa, como toda sexta-feira, está barulhenta para caceta, o que me irrita (já falei estou ficando um velho precoce). Bom, então toca o telefone e eu pensei: “que praga vem agora?”.

Era uma pessoa querida ao telefone, alguém com quem trabalhei ano passado dando aulas voluntariamente de inglês, que devem voltar próximo semestre, (ainda bem por que morro de saudade da molecadinha), me perguntando se poderia ajudá-la com um projeto social para atender os interesses de cadeirantes, não há nenhum ônibus adaptado no meu município, por exemplo, isso sem falar nas calçadas e no “respeito” as leis de acessibilidade.

Em geral, não sou muito dado a ver positivamente as ONG’s, afinal já testemunhei inúmeras dessas organizações que parecem não querer resolver de verdade os problemas que se propõem a cuida, embora eu goste de voluntarismo e acredite no envolvimento dos cidadãos nos problemas da sociedade. Parece um paradoxo, mas se pensarem bem verão que não é.

Num dia tão complicado como foi o de hoje repleto de aborrecimentos surge uma oportunidade de tentar ser uma pessoa melhor. Não quero e nem pretendo ser ativista desse grupo, não quero e seria francamente patético querer ser alguém de expoente político usando a causa me para me promover, ou promover ideais políticos. Ainda não sei se serei capaz de ajudar, mas quero, então vou me dedicar. Não é fantástico o cotidiano? 

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A redundância via satélite

>> terça-feira, 4 de maio de 2010

Outro dia estava a zapear pelos canais de TV da Sky, como qualquer assinante de TV paga sabe, por vezes você tem 50 canais e nada que passa lhe agrada, seja a milésima repetição do “homem da casa” na Fox, ou a enésima repetição de Sr e Sra. Smith no FX, ou um velho e repetido episódio de algum Law and Order, série que tem até um spin-off britânico.

Estava eu lá a sofrer com a programação nem os meus refúgios de sempre History Channel, Discovery Channel, Natgeo, Managementv (que enquanto escrevo esse texto passa uma boa entrevista com, o “velho” Kissinger e em seguida uma com o famoso Michael Porter, no The Charlie Rose Show, antológico, mas isso não vem ao caso), pois bem, tentei me refugiar no Sportv que passava algum esporte que julgo tedioso, ou reprise de um jogo que já havia visto. Em suma, estava eu de saco cheio (se me permitem esse tipo de linguagem) com a TV.

Então acho um programa no Multishow, chamado “minha praia”, que agrupa jovens de corpos esculpidos em uma casa de praia paradisíaca, numa competição que é um hibrido de “Big Brother Brasil” com “No limite”, os competidores disputam provas nos arredores da mansão de veraneio em que estão acomodados. Não achei o programa interessante, na verdade achei chato que só, contudo, algo me chamou atenção a premiação do programa uma viagem ao Havaí.

Pensei, mas que diabos, os caras estão confinados em uma mansão paradisíaca numa praia cinematográfica em um litoral absurdamente acolhedor, para ganhar de prêmio a mesma coisa. Sério, achei a idéia muito ridícula, se coloca então pessoas na praia para ganhar férias numa outra praia.

Sou só eu ou esse programa é a celebração da redundância, o que é em certo modo a essência do modelo de reality show. No final todos são a mesma coisa: pessoas batendo boca e levando uma vida absolutamente desinteressante cercada de câmeras, uma chatice só. Sorte minha que me refugie em livro de Garcia Marquez. 

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A velhice precoce

Eu nasci no ano do Senhor de mil novecentos e oitenta aos dias 20 do mês de novembro, portanto tenho 29 anos, o que significa que demograficamente eu sou um jovem adulto.

Contudo, ultimamente tenho me sentido velho, cansado, não fisicamente, mas mentalmente, creio que isso se deve não só ao meu auto-exílio no interior, mas a fadiga daqueles que aproveitaram a vida intensamente.

Cada vez mais vivo uma vida envolta em livros e acho que isso tem colaborado para o “envelhecimento” precoce. Ando com fadiga de barulho, de multidões, de “meninos” com seus carros cheios de patéticas caixas de som, a ouvir lamentáveis canções, que outrora eu gostava muito e de certo modo ainda gosto, ainda que em volumes que não provoquem danos a audição. Exceto na época do carnaval, por que ai a minha veia brasileira fala alto.

Bom e para piorar esse cenário ainda tomei uma vacina para a gripe A (H1N1), há de se convir que isso não ajuda quem está a se sentir velho. O paradoxal é que me sinto velho, mas as idéias estão renovadas... Assim tudo bem então!

P.S: Dedico essa postagem ao também velho precoce Rodrigo Lepsch (vulgo Alemão). 

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