"Não quero saber do lirismo que não é libertação"
Poética
Manuel Bandeira

O político e a lua

>> sexta-feira, 5 de março de 2010

Eu como milhares de brasilienses votei em José Roberto Arruda nas ultimas eleições, não é algo fácil e bonito de se admitir nesses dias de panetones, vídeos, prisões e demonstrações de cara de pau sem tamanho.

A todo momento o assunto é tratado na T.V, comentaristas emitem seus juízos, autoridades e líderes de entidades de classe se manifestam. Alguns gatos pingados se engalfinham com a PM, com suas bandeiras de partidos tão podres quanto o Arruda. 

Não há como não ficar puto com a traição, afinal agente confia e sede um mandato popular a um elemento que o desvirtua. Um desamparo nos varre, mas fazer o que? É um imperativo continuar tentando, é um imperativo ter esperanças. Mas, uma lição que espero que esteja ficando clara para a maioria das pessoas é preciso vigiar de perto os políticos e cobrar que se mantenham íntegros, tanto do ponto de vista do trato compatível com a legalidade do dinheiro privado confiscado pelo governo (que alguns chamam de dinheiro público) e também se ele mantém suas convicções.

E isso exige um esforço dos que não gostam que é acompanhar de perto o noticiário político, os dados públicos sobre tramite de projetos, seguir de perto o que faz o seu político. Claro é mais fácil crer que uma escolha partidária é um atestado de sua competência e honestidade. Quem acredita nisso parte de uma tese de superioridade moral de determinada ideologia algo tão infundado quanto a famosa bola quadrada que o Quico tanto queria.

De certa maneira escolher um político é como namorar. Você se decepciona, mas uma hora volta ao “mercado” e se tiver sorte terá aprendido algo na aventura. Posso estar sendo otimista, mas é difícil não ser deitado no sofá, digitando ao lap top, com um vento alentador e iluminado por uma tímida claridade lunar. Assim como não achar a vida boa?

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